Foi das mais referências culturais ao 11 de Setembro feitas mais a quente, esta obra-prima que anexou a perda do seu protagonista, um traficante de droga no seu último dia de liberdade, ao desnorte da nação americana. Não é dispicienda esta referência. Estavam os EUA aturdidos e a ferida acabadinha de abrir.
Palpita-me que esse ímpeto Spikeano (o mesmo que o levou a documentar New Orleans pouco tempo depois do Katrhina) e a ausência de distanciamento histórico são, curiosamente, os seus ingredientes mágicos.
Assim, Spike Lee assume desde o início do filme a sua sobrecarga emocional. O filme segue num registo transbordante e trágico que se entranha e não mais larga nem o deixa respirar e em que esta peça de Terence Blanchard é central.
Está em loop por todo o filme e disfarçado inclusive na sua diegese e ,com ela, paira um destino traçado e a profundidade das mágoas e culpas de Monty (Edward Norton)
aqui está o seu pico dramático: The Last Walk
É das coisas mais tristes e tensas que já ouvi num filme.
Avesso que sou à música como mapa emocional do filme acho sinceramente que a este filme e a este realizador fica muito bem.
Ouçam e deixem-se levar.
Palpita-me que esse ímpeto Spikeano (o mesmo que o levou a documentar New Orleans pouco tempo depois do Katrhina) e a ausência de distanciamento histórico são, curiosamente, os seus ingredientes mágicos.
Assim, Spike Lee assume desde o início do filme a sua sobrecarga emocional. O filme segue num registo transbordante e trágico que se entranha e não mais larga nem o deixa respirar e em que esta peça de Terence Blanchard é central.
Está em loop por todo o filme e disfarçado inclusive na sua diegese e ,com ela, paira um destino traçado e a profundidade das mágoas e culpas de Monty (Edward Norton)
aqui está o seu pico dramático: The Last Walk
É das coisas mais tristes e tensas que já ouvi num filme.
Avesso que sou à música como mapa emocional do filme acho sinceramente que a este filme e a este realizador fica muito bem.
Ouçam e deixem-se levar.
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