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A mostrar mensagens de dezembro, 2012

Da Pseudo-Intelectualidade Cinematográfica

É por vezes irritante que tudo o que não se compreenda seja classificado defensivamente de pseudo-intelectual. Negar a vastidão e complexidade da arte do cinema é próprio de quem na realidade nunca quis (com toda a legitimidade) aprofundar a sua relação com ele. É, por exemplo, por ser um médium de imagens de familiaridade directa que muitos rejeitam linguagens alternativas ou têm tolerância limitada a ambiguidades. É uma espécie de uma espécie de deformação realista do cinema que leva a que muitos classifiquem de “armado ao pingarelho” tudo o que suscite abstração e reflexão. Algo muito próprio da lógica simples e imediata da era de hegemonia televisiva em que vivemos. Mas isto não significa que a pseudo-intelectualidade não exista. Mas é um conceito subjectivo. Ela existe quando, por exemplo, um filme se tece inteiramente de citações e intertextualidades que excluem da sua leitura a esmagadora maioria dos espectadores e o faz sem um critério pessoal coerente. Sobretudo quando uma