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A mostrar mensagens de novembro, 2011

Estreia de "Natália, a Diva Tragicómica" - (2011, RTP/Real Ficção)

Estreou este sábado dia 26 o meu filme "Natália, a Diva Tragicómica" na RTP2. Deixo-vos a sinopse e o trailer: Sinopse Uma cantora lírica canta, num registo indisciplinado, em diversas aparições televisivas. É Natália de Andrade. Natália sente-se incompreendida na sua grandeza porque ela é, afinal, maior do que Maria Callas! Há mais divas iludidas pelo mundo fora mas nenhuma é como ela. Mas quem foi esta mulher? No seu diário confessa que teve uma infância infeliz: as zangas entre o pai e a mãe eram constantes e a música tornou-se desde pequena o seu refúgio da tristeza...À sua volta criou-se um culto, com variações: o público conhece-a como eco de uma imitação humorística, músicos eruditos como um objecto de fascínio. Mas esse culto assenta na personagem Natália, conhecer a pessoa nunca foi prioridade. Trailer NATÁLIA, A DIVA TRAGICÓMICA from Real Ficção on Vimeo . O filme será projectado no Museu do Fado no dia 6 de Dezembro pelas 21:30 e será seguido de um debate, às 22:

Cronenberg e Elenco de "Cosmopolis" - Master Class Estoril Filme Festival 2011

Deixo-vos com o Master Class de David Cronenberg e parte do elenco do filme a estrear em 2012 "Cosmopolis". O realizador e o trabalho do actor, preferências cinéfilas e métodos de trabalho foram alguns dos temas num amena mas animada cavaqueira.

Cenas da Minha Vida nº 3 - Robert Shaw e o monólogo USS Indianapolis de Jaws

É controversa a autoria deste monólogo: entre John Milius, o argumentista, e o grande Robert Shaw, o actor que lhe dá vida. É um momento de descompressão pleno de calor, revelação e profundidade. A intimidade de Shaw com o texto é tal que se tivesse de arriscar atribuia-lhe o mérito. Uma grande cena! Um grande filme que inaugurou os blockbusters mudando a face da indústria e respectivas estrategias de marketing e distribuição. Atribulações com o pouco convincente tubarão pneumático empurraram Spielberg para a poderosa simplicidade da sugestão. Desde então não há muitos filmes que tenham chegado ao seu nível, por mais regados de dólares e pirotecnia. Momentos como esta cena ajudam a explicá-o.

Cenas da Minha Vida nº 2 - Woman Under Influence

John Cassavettes tinha um pacto com a sua parceira criativa e mulher Gena Rowlands: que, nos filmes, ambos se empurrassem ao limite e ao esgotamento. Poucas vezes o cinema mostrou, como em "A Woman under influence", a sua face mais intrinsecamente humana. Era o seu amor aos actores que o inspirava. Conhecia-os profundamente e com eles partilhava angústias, esperanças, decisões. O conteúdo sobre a forma! Algo com que me identifico profundamente. Massificaram-se os fazedores de filmes com a democratização do HD e as DSLR's e com a edição não linear para todos. Mas sob a sofisticação e os quadros lindíssimos cada vez mais à mão de semear constato que realizadores...continua a haver pouquíssimos. É uma forma de vida, não uma jeito particular. Nesta cena Gena Rowlands acorda para nos impressionar com a profunda humanidade da personagem e, para mim, nunca mais o cinema foi o mesmo.