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A mostrar mensagens de abril, 2011

O Tio Boonmee que se lembra das suas vidas anteriores

Um homem, doente em estado terminal, está focado nas suas ligações humanas primárias em fusão completa com a natureza. O espírito da sua mulher volta para cuidar dele e o seu filho, desaparecido há muito, retornando sob a estranha forma de macaco negro de olhos brilhantes. Em busca de explicações para a sua longa vida, Boonmee deambula com a família pela floresta até encontrar uma gruta onde ocorreu o seu nascimento na sua primeira vida... O tio Bonme encara a sua recta final com uma evidente serenidade. A sequência da sua morte é o momento mais forte e impressivo. A câmara está muitas vezes na subjectividade dos espíritos (ou do espectador). Vemos esta "viagem" com tempo, com a solenidade de uma recepção de estado. A cosmovisão do realizador está entre o ingénuo e o perturbador e nessa ambiguidade reside o principal interesse do filme. O trabalho do som e as sombras na escuridão na floresta é uma referência sinistra, já o conforto quase maternal que Bonmee encontra no espíri